quinta-feira, 28 de julho de 2011

Screen on the green and other summer stuff


Como já citei aqui os americanos tem uma verdadeira paixão pelo verão!
Então tanto a prefeitura quanto diversas empresas investem em diferentes atividades para o público usufruir.
Neste post vou citar alguma delas e me aprofundar nas minhas favoritas.

Eu venho de uma cidade que a temperatura é em geral elevada. Sempre fui friorenta, meus colegas de faculdade sempre brincavam que qualquer brisa morna que passa eu já tava arrepiada e buscando pelo meu casaco que sempre carregava dentro da bolsa. E isso era verdade. Mas com 5 anos morando em São Carlos, quase 4 anos em São Paulo e alguns invernos rigorosos nos Estados Unidos eu acho que finalmente me adaptei melhor a baixas temperaturas. Mas é claro que não nego às raízes e o verão em qualquer lugar do Brasil é calor pra ninguém botar defeito e nossa pele mais morena é adaptada a isso.
Mas, porém, entretudo... não há de ver que eu estive a beira do derretimento aqui, no nordeste dos EUA?

A terceira semana de Julho de 2011, o calor daqui foi recordista. As temperaturas não ficavam abaixo de 32 graus. A mais alta chegou a 40 graus, com sensação térmica de 46 (!!!!). É muito calor! E o mais impressionante é que esta é a mesma cidade que faz 10 graus negativos no inverno!

Bom, eis as atividades de verão, para quando o clima está um pouco mais ameno, temperaturas abaixo dos 35 graus. :-)


Segunda-feira passada teve o Screen on the green, patrocinado pela Comcast (concorrente da Directv) e pela HBO. Taí um programa simples, que atinge o público alvo dessas companhias, põe a cidade em foco para turistas e realmente é muito agradável. Nada mais é que um telão, colocado num gramado entre os monumentos (obelisco e Capitólio) do National Mall (equivalente a nossa esplanada), com algumas várias caixas de som e alguns policiais vigiando a parada.
O Screen on the green em DC acontece desde 2005 e em geral exibe filmes clássicos. Eu tive a oportunidade de assistir "In the heat of the night" filme de 1967, muito bom!
Estava bem cheio, mas foi fácil pegar um lugar, até para as pessoas atrasadinhas como eu! O público é assíduo, acredito que pela tradição e também pela divulgação que é feita através de banners nos metros e revistas.

Eles nos convidam a levar a cesta de piquinique, petiscos, sucos, um cobertos ou toalha para deitar sobre e até vinho! (Eu confesso que levei umas mini cervejas que vi no supermercado e achei lindo! Apesar de ser ilegal beber em locais publicos.)
É um programa super legal, vai gente de todas as idades e comcast e HBO saem com a maior moral! #ficaadicapraBSB




Outra coisa que eu acho bacana aqui no verão são os rooftops! Rooftop nada mais é que um bar ou restaurante localizado no ultimo andar de um prédio, não importa o tamanho do prédio! É a famosa cobertura. Nova Iorque é conhecida por seus vários bares em rooftops. Washington, que tem todos os prédios com altura limitada a 110 ft (~34m), o que é relativamente baixo, tem vários rooftops abertos no verão. E só pela sensação de estar "outdoors" já vale a experiência.


No fim de julho tive a oportunidade de ir no Point of View o bar de rooftop do W hotel, um hotel de luxo próximo à Casa Branca, com uma bela vista e bebidas extremamente caras e naipe de red carpet. Valeu a experiência e as fotos. Sem contar que esse hotel é citado no rap Bed Rock do Young Money com participação de Drake e Nicki Minaj - eu fui no show dela! - "I'm at the W, But I can't meet you in the lobby" com link aqui.



No mais, acho que vivendo num país de clima tropical, acho que aproveitamos a sorte de um clima ameno com poucas atividades e taí o que levo para a minha vida, aprender a aproveitar o que temos de melhor, respirar o ar puro, curtir o sol e o calor.




Summer rocks!



segunda-feira, 27 de junho de 2011

Summer in DC




Eis que a vida é um grande ciclo e mais uma vez retorno aos EUA.
Na minha terceira viagem do ano para este país, um destino um pouco diferente - Distrito de Columbia ou DC como dizem os nativos. Nomeado em homenagem ao primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington.

Vim em um vôo que sai de Brasília, da Delta e tendo visto as duas capitais em um pequeno intervalo de tempo, é difícil não deixar de notar algumas semelhanças, por mais que discretas, existentes sem sombra de dúvida. Uma cidade plana, com prédios residenciais baixos, as explanadas (mall), suas vias rápidas e um céu muito bonito.

É claro que Washington DC, representando o forte império americano, se mostra mais bem cuidada e também mais agradável à população....e bem americana, obviamente.




No verão as temperaturas vão de 20 a 35 graus celsius e umidade é altíssima. Estou aqui faz uma semana e já morri de calor, mas adoro! O metrô tem ar condicionado, mas aquela sensação de banho tomado passa rapidamente 2 minutos que você está fora de casa.

Aqui é uma cidade extremamente agradável de andar. Tem gente caminhando em todas as ruas, um monte de carros, é claro, mas muita gente usa transporte público, tanto o metrô (com 171 km de extensão e 86 estações). Todos os bairros têm um centrinho comercial que em geral fica localizado em uma grande avenida e as ruas próximas a essa avenida são muito arborizadas, tranquilas e extremamente residenciais. Eu moro em uma dessas belas ruas arborizadas. :-)



Outra coisa que eu acho super interessante são os rios que cortam essa cidade, e taí outro ponto em comum com Brasília. O pessoal soube aproveitar esse recurso natural de uma forma bem bacana. O rio Potomac dá a cidade um visual mais sofisticado e no verão muito mais agradável. Inclusive em Georgetown, o bairro em que fica o campus principal da George Washignton University no verão é possível notar uns canais muito charmosos. Também tem um point que me lembra muito o Pontão em Brasilia, onde os filhos dos senadores e juízes vão com as suas lanchas causar um pouco próximo de bares lotados. Mera coincidência?



Bom, estou adorando o meu começo de verão por aqui. A noite é muito boa, já sai em duas vizinhanças diferentes, Adams Morgan (foto abaixo) e Dupont Circle. O último foi meu predileto, com um pessoal mais "diferenciado", porque por mais que aqui seja Estados Unidos, existe grande chance de ter muita gente esquisita na balada. Outra particularidade da cidade é a comida pós balada Jumbo pizza, que é um pedaço de pizza descomunal (com uns 20cm de raio) vendido a poucos dólares para os bêbados esfomeados.




Enfim, essa cidade está me agradando muito! Qualidade de vida, a mentalidade das pessoas, a quantidade de coisas a fazer. Tudo é excelente! Recomendo! Se puder escolher, venha no verão, os museus são gratuitos durante todo o ano, mas só no verão tem festivais culturais, cinema a céu aberto no National mall sem falar naquela brisa morninha - que eu adoro!






sábado, 19 de fevereiro de 2011

Philadelphia



Vi esse blog iniciado e me deu uma imensa saudade dele.

Aproveitarei meu sentimento nostálgico misturado com esta sensação de vazia devido a despedida de mais uma vez, uma das melhores épocas da minha vida, e vou voltar para escrever este post.

Tenho aproximadamente 32 kg de roupas esperando para serem cuidadosamente dispostas e alisadas dentro da segunda enorme mala que organizo hoje. Elas me chamam, mas a negligência é forte. Não quero arrumar a mala, porque não quero ir embora. Não quero ir embora, pois nos últimos sete meses vivo uma vida excelente, numa cidade excelente que é tida como regular.

Devido ao trabalho vim para a Philadelphia, no estado da Pensilvania passar sete meses.
Moro no centro desta cidade que fica no nordeste dos Estados Unidos, a 1h30 de Nova Iorque e 2h40 de Washington DC.

Sete meses é muito tempo e também pouco tempo:
Em sete meses, você passa por 3 estações diferentes.
Em sete meses, você descobre que vai ser tia novamente e vai embora às vésperas do pequenino nascer.
Em sete meses você estabelece vínculos.
Em sete meses não dá tempo de concretizar todos eles.

Enfim, parace pouco mas é muito. Parece muito mas é pouco.Então deixo as roupas me chamarem e aqui escrevo para a posteridade. (risos)

Mas o blog é de turismo então vou explicar com isso o motivo de todo o drama da despedida.

A Philadelphia é uma cidade do tamanho de Goiânia, talvez um pouco menor, com 1.54 milhões de habitantes e uma área de 369.3 quilômetros quadrados. É a cidade do amor fraterno (City of Brotherly love), homônima de um filme antigo sobre um homossexual portador de HIV e cidade natal do nosso amigo Rocky Balboa.




A cidade gira em torno de um centro histórico e um centro comercial. A sua principal avenida, a Market St., comporta a estação de trem, os grandes arranhas céus, a mais alta prefeitura feita inteiramente de concreto e também um memórial ao sino da liberdade. É cortada por dois rios e é a cidade onde foi proclamada a independência dos Estados Unidos.



Cheia de restaurantes e barzinhos, é uma das poucas cidades americanas de tamanho médio que comporta ruas cheias de pedrestes bastante agitados, até mesmo no inverno rigoroso.



Arborizada, é uma cidade linda no outono, com suas vielas cheia de casas com estilo georgiano, com grandes janelas mostrando aos curiosos como é a rotina de uma familia local.
A cidade esbanja charme, em seu centrinho, com variadas lojinhas na Walnut street, que termina na bela Rittenhouse Square com sua feirinha de vegetais aos domingos (ainda que embaixo de neve).
É uma bela mistura do moderno com o tradicional, do negro com o branco, do hippie com o chique. E acreditem, é cheia de mendigos nas ruas, mas extremamente segura.


Acho que deu pra entender a paixão, não?

Well, city that loves me back:
Good bye! It's been a pleasure.

Até a próxima, vai saber onde...